DIREITO TRANSNACIONAL COMO INSTRUMENTO DE APRIMORAMENTO DA IMPARCIALIDADE JUDICIAL NO PROCESSO PENAL: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS JULGADOS DO TEDH

Autores

  • Victor Luiz Ceregato Grachinski Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina
  • Tahyana de Almeida Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI e Università degli Studi di Perugia, Itália

DOI:

https://doi.org/10.14295/revistadaesmesc.v30i36.p109

Palavras-chave:

Direito Transnacional, Comunicação Transjudicial, Imparcialidade Judicial, Teoria da Dissonância Cognitiva

Resumo

O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre a imparcialidade do juiz no processo penal e a influência de julgados do Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) sobre o direito brasileiro, em especial sobre a Lei 13.964/2019, como uma espécie de comunicação transjudicial, à luz do direito transnacional. A hipótese de trabalho é que as regras do processo penal brasileiro causam um desequilíbrio cognitivo do juiz, de acordo com a teoria da dissonância cognitiva de Leon Festinger e da pesquisa elaborada por Bernd Schünemann, em favor da versão acusatória, uma vez que, ordinariamente, é por meio desta, sem o exercício do contraditório e da ampla defesa, que o magistrado tem o primeiro contato com os fatos que julgará, e que os julgados de cortes internacionais, como o TEDH, podem influenciar a revisão das normas do sistema processual brasileiro. Dentre os julgados do TEDH, dar-se-á especial destaque aos casos Piersack v. Bélgica (1982) e De Cubber v. Bélgica (1984). Por fim, analisar-se-á meios de recuperação do equilíbrio cognitivo do julgador. Para tanto, o artigo se baseia em uma revisão bibliográfica, dando ênfase à imparcialidade judicial, especialmente sob o aspecto subjetivo, à aplicação da teoria da dissonância cognitiva ao processo penal, à análise da Lei 13.964/2019, que inseriu o juiz das garantias no processo penal brasileiro e apresenta-se como uma tentativa de restabelecer o equilíbrio cognitivo do julgador, e à influência de alguns julgados do TEDH no processo penal brasileiro.

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Biografia do Autor

Victor Luiz Ceregato Grachinski, Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina

Mestrando em Ciência Jurídica (Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI e Delaware Law School). Especialista em Ciências Penais (Universidade Anhanguera) e em Direito e Gestão Judiciária (Academia Judicial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina). Juiz de Direito. 1ª Vara Cível da Comarca de Canoinhas. Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Tahyana de Almeida, Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI e Università degli Studi di Perugia, Itália

Mestranda em Direito das Migrações Transnacionais (Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI e Università degli Studi di Perugia, Itália). Especialista em Direito Material e Processual do Trabalho (Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG). Advogada.

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Publicado

2023-12-14

Como Citar

Ceregato Grachinski, V. L., & de Almeida, T. (2023). DIREITO TRANSNACIONAL COMO INSTRUMENTO DE APRIMORAMENTO DA IMPARCIALIDADE JUDICIAL NO PROCESSO PENAL: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS JULGADOS DO TEDH. Revista Da ESMESC, 30(36), 109–133. https://doi.org/10.14295/revistadaesmesc.v30i36.p109

Edição

Seção

ARTIGOS